quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Momento Retrospectiva

Em 2009:

Iniciei meu 3º semestre de faculdade; arrumei meu primeiro estágio; me desesperei pela primeira vez no trabalho; corri atrás de matérias; perdi matérias boas; ganhei matérias melhores ainda; criei um blog; falei besteiras; passei por um triz na cadeira de jornalismo impresso; terminei meu terceiro semestre.
Curti as férias prolongadas pela gripe suína; me entresteci pela morte de um ídolo; fiz piada com a morte de um ídolo; adiantei uma cadeira da universidade; deixei uma cadeira para trás; saí do estágio; entrei para uma banda de pagode; entrei para uma banda de bailão; saí de uma banda de pagode e já entrei em outra; toquei sem receber nada por isso; toquei pagando por isso; toquei recebendo por isso; toquei por amor; me apaixonei; me decepcionei; fiz besteiras; reconheci as besteiras que fiz e pedi perdão; fui perdoado; me encantei pelo trabalho na TV; me encantei mais ainda pela fotografia; participei de projetos; terminei meu 4º semestre; continuei falando besteiras; continuei meu blog; dei presentes; fui presenteado; sorri; chorei; errei; sonhei; vivi.

É, 2009 foi um bom ano. Mas tenho certeza que 2010 será muito, muito melhor.
Um excelente Ano Novo a todos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Brincando de radiojornalismo

Esse podcast foi produzido por mim e pelas colegas Viviane Moura e Lindiara Hagemann, para a disciplina de Teoria da Comunicação I. Nosso trabalho falava sobre o Radiojornalismo no Brasil e o podcast era um dos instrumentos de auxílio para a explicação do conteúdo. Tanto o roteiro quanto a edição foram feitos por mim.

Entre violinos e guitarras

Eu havia esquecido de postar aqui no blog a matéria feita por mim e pelo colega Luís Eduardo Bandeira para o projeto Focas do Q?, parceria entre a Unisc e a Gazeta do Sul. De qualquer forma, para quem ainda não leu, ela segue abaixo.



PS: Sim, a matéria saiu há quase dois meses, mas só hoje lembrei que ainda não a havia postado.

Coberturas

Último trabalho de foto do semestre.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um pouco de Faustão

Essa semana, um e-mail que li chamou bastante minha atenção. O assunto já é velho, e talvez batido. Mas o fato de ainda estar circulando por e-mail me deixou intrigado. O e-mail continha uma transcrição de uma palestra do apresentador Fausto Silva na Semana da Comunicação em Porto Alegre, em 7 de novembro de 2007. Abaixo a transcrição:

Domingão
- Esse horário é jogo duro, o cara tem que agradar pai, mãe, nona, cachorro ta todo mundo vendo TV no domingo de tarde. Por isso não posso ser arrogante e querer dar uma de intelectual, tenho que ser cúmplice do público, levar pra lá o que ele quer ver. Se fosse por mim, 90% dos artistas que cantam no programa não iriam, não tocam na minha casa. Sabe por que existe espingarda de dois canos? Pra matar dupla sertaneja. Agora, tem que ter o limite entre o popular e o apelativo. Podem ver, todos os programas que partiram pra apelação pura saíram do ar.. O próprio público abandona.
 

Big Brother
"Eu acho uma desgraça, ruim, uma merda mesmo. O Big Brother é um fenômeno que só faz mal pra televisão, dá a impressão de que todo mundo que trabalha no meio vive de festa, é vagabundo. Além do mais, o programa deveria mostrar todas as camadas sociais, fazer um confronto mesmo. Em vez disso bota lá garotão com garotona pra ver quem vai se pegar. Olha o Alemão, o cara é simpático e tal, mas saiu do BB e foi dançar no meu programa. O que aconteceu? O próprio público mandou ele pra casa. Depois foi pro Fantástico e só fez merda."
 

Novelas e panelas
"Acho novela um troço horrível, não assisto. Aliás, se tivesse que ser pago pra ver televisão eu queria o dobro do que ganho. Não que eu ache novela mal feita, mas tem um problema de ritmo: ou é muito lenta, ou muito afobada. Além do mais, hoje em dia o autor manda mais do que o diretor, então sempre escala os mesmo atores, é uma panela. Aí fica só aquele chiadinho carioca, um saco mesmo".
 

Independência RS
"Acho que o Rio Grande do Sul tinha mesmo era que se separar do Brasil, falando sério. Vocês têm aqui um nível de educação superior, além de uma série de outras coisas. O gaúcho tem uma qualidade que falta ao Brasil, ele sabe se posicionar, toma partido, tem um talento nato pra isso. No resto do país é todo mundo em cima do muro, o que é péssimo em todos os sentidos. Falando como paulista, garanto: a maioria dos brasileiros tem inveja dos gaúchos."




Confesso que até hoje me questiono se essas falas são de fato do Faustão. Mas acredito na veracidade da história. Até porque, antes de se tornar o apresentador mais chato do Brasil, ele foi um jornalista de renome. Além disso, é inegável que ele tem um nível cultural respeitável e que sabe o que diz. De qualquer forma, ganhou um pouco do meu respeito, e porque não, minha admiração.

Telejornal(2)

Conforme prometido, aqui está nosso telejornal pronto.


domingo, 6 de dezembro de 2009

Divagando sobre a amizade

Como disse certa vez Martin Luther King, ao meu ver, uma das mentes mais brilhantes e justas do século passado, "o amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo." Amizade é amor. É um amor diferente daquele que sentimos por nossos familiares. É diferente daquela relação homem-mulher. É um amor em que não importa credos, posicionamentos políticos, sexualidade. Alguns dizem que "amigos são os irmãos que podemos escolher." Para outros "amigos são anjos que nos deixam de pé quando nossas asas têm problemas em se lembrar como voar." De qualquer forma, amigo de verdade é aquela pessoa com quem podemos contar a qualquer hora do dia. É aquela pessoa que estará ao seu lado nos jantares e que não desgrudará de você quando estiveres com um problema. É aquela pessoa que te apoia mesmo quando você faz algo errado. Te compreende, escuta, aconselha, e não te julga. É sensível o bastante para perceber pelo teu olhar, pelo teu tom de voz ou simplesmente pela tua presença, quando as coisas não estão indo tão bem. Amigos são seres raros e especiais. Ter um amigo é ter um tesouro, muitas vezes ambicionado por muitos. Só que amizade é amor. E algumas vezes, a linha tênue entre amor/amizade e amor/paixão é ultrapassada, mesmo inconscientemente. Não dá-se conta de que as coisas estão se confundindo. Mas aquele convívio é tão especial. No fundo, se sabe o que está acontecendo, mas é difícil admitir. Não se quer aceitar que aquela amizade, um sentimento tão puro, verdadeiro, se transforme em uma paixão. Não se pode aceitar que aquela confiança e o desejo de estar um na presença do outro, esteja se transformando em desejo de estar um nos braços do outro. Só que tudo continua mudando. Ela ainda te trata da mesma forma, como a amiga especial que sempre foi, mas agora seu olhar mudou. Você sabe que está apenas confundindo as coisas, mas cada vez que sente a presença dela, seu perfume, seu abraço; cada vez que lembra do seu olhar - aquele olhar que parece ver sua alma - surge uma esperança. "Talvez não seja ilusão", pensa-se. Mas é. Quando se volta à realidade, percebe novamente que está apenas confundindo as coisas. Aquele jeito meigo, inocente, aqueles olhos doces, o sorriso, conjunto de fatores que encantaram, envolveram, hipnotizaram. De repente, a amizade se fragiliza. Aqueles, antes amigos queridos, agora se afastam. No fundo, se sabe que ela te adora e que deseja sua amizade acima de tudo. Mas não é mais possível se sentir a vontade. Mas por mais que se negligencie, é impossível esquecer. "Mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões."(William Shakespeare).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sob a ótica da Rotina

Em primeira mão, o trabalho de Fotografia em Jornalismo II sobre Rotina, recém diagramado.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tenha um natal mais feliz

Quando criança, sempre quis escrever uma carta ao Papai Noel. Mas minha cabeça infantil se questionava se as cartas poderiam realmente chegar tão longe. Afinal, será que aquele carteiro bondoso que deixava a correspondência lá em casa, iria mesmo até o Polo Norte apenas para entregar minha cartinha? Então, nunca escrevi a tal carta. Na verdade, sinto que aquela magia do natal está morrendo em mim. Sinto saudades do tempo em que um pinheiro iluminado e carregado de enfeites e presentes me encantava. Saudades do tempo em que acreditava, realmente, que "seja rico ou seja pobre o bom velinho sempre vem". Acredito que o fato de crescer e conhecer a realidade, saber que há crimes nas ruas, políticos desviando verbas públicas, mulheres que usam nomes de frutas para vender a imagem de seu corpo, tudo isso me fez perder a crença de que as coisas podem ser diferentes. Entretanto, aquilo que muitos chamam de "espírito de natal", revive, a cada ano, em muitas crianças. Muitas não, milhares, milhões. Para quem duvida, basta fazer uma rápida visita ao posto de correio mais próximo. Crianças escrevem para o Papai Noel, na esperança de que o futuro possa ser diferente. Tudo que falei até agora, foi apenas para reforçar minha dica: tenha um natal mais feliz. Como? Basta adotar uma cartinha no correio. Muitos não têm noção dos pedidos que são realizados. Crianças pedem um simples panetone para terem o que comer na virada do dia 24. Outras pedem um par de tênis "pode ser usado", dizem elas. Enquanto muitos de nós estaremos em nossas casas, saboreando uma bela ceia, ou festejando em algum lugar, qualquer lugar, crianças sorriem pelo simples fato de poderem comer uma fatia de panetone, ou por sentirem a alegria de abrir um presente. Ele não precisa ser colocado em baixo de um pinheiro. Não há necessidade de luzes coloridas ou enfeites. A única alegria é saber que eles também puderam festejar esse natal. Não quero que ninguém se sinta culpado. Não estou dizendo para não aproveitarem seu natal, ou deixarem sua ceia de lado. Seria hipocrisia de minha parte, já que também irei festejar. A única coisa que digo, que ressalto, e que peço, é que adotem uma cartinha. O melhor presente que se pode ganhar no natal é a satisfação de saber que você fez uma criança sorrir.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Enquanto se espera

O olhar se perde, longe. Não importa se sentados, ou de pé, todos esperamos. Esperamos algo que talvez nunca chegue, ou que não venha a tardar. Esperar é um ato que torna todos iguais, não importando as diferenças. É claro que uns esperam mais, outros menos. Alguns, nunca perceberam que estão à espera, e é provável que nunca venham a perceber. Esperar não tem limites. Pode ser reduzido ao simples ato de sentar-se em uma parada de ônibus enquanto aguarda seu destino. Também pode ser a eterna espera pela eternidade. Ou simplesmente, aguardar um sentido para tudo, para a vida, para o amor, para a morte. Esperar ser reconhecido, por alguém, não importa quem seja. Esperar existir, e não ser apenas mais um. Tempos de solidão esses, em que esperamos sós, em meio à multidão.

Telejornalismo

Essas são algumas das fotos da gravação do nosso primeiro telejornal, para a disciplina de Telejornalismo, ministrada pela professora Fabiana Piccinin.

Os créditos das fotos são de Viviane Moura.


Ao meu lado, a colega Yaundé Narciso.



O telejornal durou cerca de cinco minutos. Mais do que suficiente para o nervosismo tomar conta.
O resultado poderá ser conferido a partir da próxima semana, quando o vídeo será disponibilizado aqui no blog.





quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Escreva a mão




Essas fotografias foram desenvolvidas para a disciplina de Fotografia em Jornalismo II, ministrada pelo professor Alexandre Borges.



O tema do trabalho era "Escreva a mão" e a proposta era fazer as crianças preencherem um Orkut de Papel.



sábado, 21 de novembro de 2009

Da inutilidade do Enade à ineficiência do Enem

Quem não viu as propagandas que circulavam pelas redes de televisão falando sobre as mudanças do Enem (antes, é claro, do escândalo sobre o vazamento das provas)? Para quem não lembra, a propaganda dizia: "Agora o Enem não é mais decoreba". Juro que todos os dias me perguntava - Mas algum dia o Enem foi decoreba? A verdade é que, nos anos anteriores, a função do Enem era justamente avaliar os alunos de Ensino Médio naquilo que há de mais importante: sua capacidade de raciocinar e fazer inferências. Entretanto, as mudanças no sistema ocasionaram uma contradição. Como substituir um sistema que deu certo e que realmente era capaz de avaliar o nível de aprendizado do aluno por um sistema falho, que domina as universidades do país? A resposta é simples: fazendo o povo pensar justamente o contrário. Se não fosse a fraude, a prova que teria sido aplicada, nada mais seria do que uma cópia dos vestibulares, algo que testa a capacidade que os alunos têm de decorar conteúdo ao invés de estimulá-los a pensar por conta própria. Falando em sistemas falhos de avaliação, o úlimo Enade foi simplesmente vergonhoso. Além das perguntas mal formuladas e da clara apologia (extremamente mal disfarçada) às "boas ações" do governo, o Enade nada mais é do que o tão criticado Provão, com outro nome. O Provão caiu justamente por ser, de forma comprovada, um sistema inútil de avaliação. E o Enade veio, então, substituindo-o, como forma de salvação e reforma nos métodos tradicionais. Ilusão. Não fui selecionado para a prova, e tenho pena de quem o foi. A ameaça de que, "quem for selecionado e não comparecer não poderá retirar seu diploma quando se formar" levou muitos alunos para as salas de aula neste último dia 8. Mas, e se houvesse uma mobilização? É certo que nem todas as Universidades do país apoiariam, mas é certo também que não sou o único a pensar dessa forma. Tenho certeza que com mobilização, o sistema não seria opressor do modo como o é. Talvez o exemplo não seja válido, mas na França, país de primeiro mundo, a juventude tem voz e vez. É que lá, o governo sabe que, caso as necessidades e os desejos do povo não sejam atendidos, a população não tem medo nem vergonha de sair à rua para lutar por seus direitos. Talvez vergonha seja a palavra chave nesse contexto aqui no Brasil. O que o brasileiro precisa é criar vergonha na cara. Só então o povo vai deixar de ser submisso e criar coragem para controlar seu destino. Mas afinal, quem sou eu para querer acordar esse povo? Só uma voz, gritando por liberdade, no meio dos sussurros alienados da multidão. 

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Guerra urbana e o prenúncio apocalíptico

Estava escuro. Naquela noite de quarta-feira, em São Paulo, o trânsito era infernal. É claro que não há nenhuma novidade neste fato, a não ser o simples infortúnio de um apagão em larga escala. A falta de eletricidade varreu o país, mas as consequências mais sérias de sua ausência puderam ser sentidas no Jabaquara, zona sul de São Paulo. Eram 22 horas e 13 minutos quando a pandemia começou. A cena parecia cinematográfica, um prenúncio apocalíptico. São Paulo parou. Hospitais, estradas, postos de gasolina, paradas de ônibus. Aquela que, inicialmente, seria apenas mais uma queda de luz, transformou-se em tragédia.


Transportes públicos pararam de funcionar, hospitais sem geradores tiveram que levar pacientes às pressas para outras instituições de saúde. Milhares de semáforos simplesmente deixaram de operar devido à falta de energia. O trânsito das grandes capitais parecia ainda mais catastrófico. Pessoas, com medo das ruas, abrigavam-se em metrôs, hospitais ou qualquer lugar que tivesse um gerador. O risco era constante. Assaltantes aproveitavam a confusão: furtos, roubos. A violência mostrava sua face mais perversa. Em momentos de crise,união é essencial. Mas há seres humanos sem a menor noção do que isso significa.


Maria Amélia de 50 anos, até então apenas mais uma Maria perdida por este país sem fim, levava uma amiga para casa. Um gesto de solidariedade em meio à tantos outros, retrógrados, que circulavam pela cidade. Mas, por conta de alguns desses seres menos evoluídos, Maria se tornou uma estatística. Por volta da 1 hora da manhã, ela e sua amiga passavam de carro pela região do Jabaquara. Um assaltante, de moto, abordou o veículo. Maria, em desespero, sai em disparada e leva um tiro no pescoço. Apenas mais uma Maria vítima da guerra urbana, da mesquinhez mundana e da irracionalidade humana. Uma Maria, como tantas outras, com uma morte trágica, como tantas outras. Enquanto isso, o Brasil segue singular, com sua completa falta de humanidade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Internacional da Música, mas...

No dia 1º de outubro de 1975, o violinista Yehudi Menuhin, então presidente do International Music Council (Conselho Internacional da Música) criou o Dia Internacional da Música para promover a cultura musical e o respeito entre as diferentes culturas. Entretanto, a única notícia que perpetua durante o dia é: MEC cancela o Enem 2009 por suspeita de fraude. É incrível como, a cada dia, aparece um novo espertalhão inventando formas de ganhar dinheiro sem trabalhar.  Mais incrível ainda é a justificativa dos  golpistas.  "Nós temos emprego, não somos vagabundos.  Queremos apenas fazer dinheiro.  Isso aqui é coisa séria, pode derrubar ministério".  No site R7, a reportagem vai além. Segundo o site, os golpistas também procuraram o site. Um deles teria dito que "sou filho de desembargador, tenho 26 anos e trabalho como auxiliar do Ministério Público. Somos todos trabalhadores, mas isso caiu no nosso colo". Além disso, o grupo afirmou ter "amparo legal" e que as provas vazaram para filhos de deputados e diplomatas em Brasília também. É triste que nesse dia, 1º de outubro, data significativa para a música, um dia de incentivo para a arte, o fato mais marcante seja uma fraude, exemplo perfeito da falta de respeito e da contra-cultura de nossos semelhantes.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

The Voca People

Bom dia pessoal. Bom, já liberei o link deste vídeo no blog do Telejornalismo na Unisc, mas tenho certeza que vale a pena liberar aqui também. O vídeo é de um grupo vocal israelense, e a matéria sobre eles foi exibida no Jornal do SBT Manhã. Vale a pena assistir.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O taxista sem nome

Foi na última quinta-feira. Passei o dia em Santa Cruz. De manhã, aula de fotografia, entrega de trabalho. Durante a tarde fiquei na agência experimental de jornalismo, sem ter muito o que fazer. Às 16:30 fomos para a Gazeta, eu, Emo, Fábio e Bruna Mattos, de carona com o professor Demétrio. Após a reunião voltei para a Unisc e fiquei na agência até o momento de ir para o ônibus. Cansado depois de um dia inteiro na universidade, tirei um cochilo. É incrível que passar o dia na Unisc sem fazer nada seja mais cansativo do que voltar para casa e estudar. Mas de qualquer forma, dormi no ônibus. E dormi. E continuei dormindo por, digamos, uns vinte minutos a mais do que deveria. Resultado? Acordei do outro lado da cidade. Quem conhece Lajeado, cidade em que resido durante a semana, sabe muito bem que o shopping é bem distante da prefeitura. Pois bem, moro perto da prefeitura, e o ônibus já estava próximo ao shopping. Mas foi uma pena não ter ninguém para filmar minha cara de assustado quando acordei. O veículo estava simplesmente vazio. Recordo apenas de olhar para trás, em desespero, e ver meu reflexo no vidro da janela. O motorista me deixou em um cruzamento paralelo à uma das avenidas principais. Segui caminhando em linha reta por quinze minutos até encontrar um táxi. O motorista, um senhor com mais de setenta anos, sorridente, atencioso e bom de papo, foi logo puxando conversa. Contei a ele que havia dormido demais no ônibus e ele imediatamente recordou de uma história de sua mocidade. Outra história foi habilmente imendada à primeira, e assim seguiu a viagem. Ao chegarmos, pago os R$9,50 indicados no taxímetro e pergunto seu nome. O simpático senhor, sem pestanejar, me retruca, "eu não tenho nome", sorri e vai embora. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Música, chuva e lama

Parece piada, mas na chegada do fogo simbólico à Rio Pardo, o que marcou mesmo foi a chuva. A banda marcial na qual toco foi convidada para fazer a abertura da semana farroupilha e receber a Chama Crioula. Sete da noite, todos uniformizados, instrumentos em punho, o ônibus chega. Homens no fundão e mulheres à frente para evitar namoricos entre as crianças. O Piquete fica do outro lado da cidade, mas não demora muito a chegar. Descer do ônibus é complicado, chuva, sapatos atolados na lama. Dentro do galpão, uma hora de espera. As autoridades chegam, os donos dos outros CTG’s da cidade e da região se acomodam enquanto esperam o início da cerimônia. Banda em posição, discursos ao microfone e ouve-se o Hino Nacional, seguido pelo de Rio Pardo. Enquanto a Chama é recebida, tocamos o Hino da Marinha. Prefeito fala, discursa, empolga-se, grita, berra e chora. Hino Rio-Grandense para finalizar. Na saída, sapatos atolados de novo. Calças brancas ficam marrons e, encharcados, voltamos para casa. E na celebração do fogo, a água roubou o papel principal.

Nova edição do Focas do Q?

Hoje foi a primeira reunião com a nova equipe de alunos responsáveis pela produção do caderno Focas do Q?, da Gazeta do Sul. A parceria entre a Unisc e o jornal disponibiliza espaço para que os alunos de jornalismo possam demonstrar seu talento.  O caderno é o espaço jovem do jornal, no qual é feito um jornalismo diferente, linguagem jovem e atraente. Nessa 4ª edição, algumas surpresas. O blog é a primeira delas. Nele será disponibilizado material que fala sobre a produção da matéria. Os leitores terão a oportunidade de saber como é realizada a pauta, desde sua elaboração. Além disso, a partir da próxima semana o caderno terá uma coluna semanal, falando também dos seus bastidores e sobre algumas curiosidades do grupo. Mas ainda não posso adiantar mais nada além disso. As outras surpresas virão com o tempo. Assim que puder, volto trazendo mais novidades. E assim que o blog estiver pronto, disponibilizo o link aqui. E aguardem esse grupo que está cada vez mais sexy, dinâmico, ácido, efervescente.  

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Meu primeiro boletim

Poderia ter sido bem mais fácil, não fosse a gritaria e as gargalhadas dos colegas pelo corredor. É claro que sou a última pessoa que pode reclamar da gargalhada de alguém já que sou famoso por minha risada um pouco exagerada. Mesmo assim, o pessoal não colaborou. Foi a primeira aula prática de Tele e confesso que fiquei assustado. "O quê, temos que decorar o texto?" Sim. Meu boletim falava sobre um polêmico concurso para escolha do Hino da cidade de Farroupilha. Nunca foi tão difícil para mim falar de música quanto nesta manhã. Depois de uma hora e meia ensaiando, enfrentei a câmera. Postura correta (ou quase) e sem ler nada no papel. As frases fugiam da memória e o texto parecia sair de forma tão artificial. Mesmo assim gravei, e errei. E errei duas, três, cinco, vinte vezes, até conseguir finalizar o texto. Mas na última linha, na última frase, uma rápida olhada no papel. Parecia ter acabado, mas não. O câmera me olhou e disse: Bom, agora faça sem ler nada. Perdi a concentração. As risadas continuavam e os erros também. Tentei mais duas vezes até que, meio cambaleante, finalizei a primeira metade. Faltava ainda a segunda parte, a que me deixava mais nervoso. Os nomes das personagens pareciam se misturar. Qual era mesmo o nome da vereadora? Ahh, lembrei. E o cargo de fulano?? Tudo se misturava na mente enquanto eu ditava o texto mecânicamente. Última frase, será que sai sem ler? "... mas dificilmente sua obra será oficializada. Aqui é Renan Silva para o Unisc Notícias."

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Das coisas ridículas da televisão

É difícil dizer qual o maior pecado da TV aberta brasileira. Podemos começar com o fato de a Rede Globo ter iniciado e conquistado todo seu prestígio através do apoio do regime militar, e anos depois relembrar a ditadura fazendo a população acreditar que a emissora foi realmente contrária ao governo. Outro ponto negativo vem no apelo de programas expondo brigas de família, deformidades, seminudez. Os Reality Shows, tais como Big Brother Brasil, No Limite e mais recentemente, A Fazenda, transmitida pela Rede Record, também tornam a televisão brasileira um pouco menos nobre. Aliás, A Fazenda foi uma das razões do ataque da Globo contra a Record. Os índices de audiência do programa perturbaram os produtores Globais. Na verdade, já há algum tempo que a Rede do Bispo Edir Macedo vêm perturbando a maior rede comunicacional brasileira. A guerra travada entre as duas emissoras em pleno horário nobre vem dando o que falar e não apresenta esperanças de que uma trégua se dará tão logo. Não há santos ou inocentes nessa briga. E falando em santos, onde está o Sílvio que não entra nessa história? Deve ser mais confortável assistir essa briga de camarote do que se meter na peleia alheia. De qualquer forma o SBT continua com sua fatia no bolo do Ibope, e mesmo que perca a segunda colocação para a Record, deve ser mais lucrativo ficar na sua do que gastar seu latim com acusações e denúncias que não podem ser comprovadas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

E a cada domingo...

Dias nostálgicos. Duas palavras que resumem meu final de semana. Palavras que representam dois dias de descanso, de lembranças, de mudanças repentinas de humor. Sábado é um dia agitado. Ensaios, filme, estudos. Domingo, monotonia. Dia de acordar tarde, pois não há nada para fazer. A programação da TV é ruim, encontrar amigos para sair é difícil, principalmente durante o dia. Mas quem disse que dormimos quando estamos entediados? Simplesmente rolamos na cama. Preguiça de estudar o material para as duas aulas do dia seguinte. Desânimo. E o humor desaba. Vontade de matar alguém pelo simples fato de estar nos olhando. E no momento seguinte, alegria, vinda sabe-se lá de onde. Simplesmente alegria. A programação da TV não melhora, mas podemos sair, visitar amigos, tirar fotos ou simplesmente conversar com alguém importante. Pode ser alguém que se vê todos os dias, ou alguém distante. Pode ser até conversar consigo. De alguma forma sempre passa a monotonia. À noite, comer um Xis com os amigos. Andar, sem pressa, até o bar, no outro lado da cidade. Falar mal de quem fala mal de você. Rir de piadas sem graça. Sentar na frente de um banco com os amigos apenas para ver o movimento, e permanecer lá por horas e horas, rindo, conversando, observando cada rosto, cada expressão, cada gesto, ou olhar apenas para seus amigos e amigas que ainda estão rindo e falando besteiras enquanto você pensa na vida. Hora de ir embora. Mas final de semana que vem, quem sabe, nostalgia. E a cada domingo, uma história.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Medo de Influenza

Retorno às aulas adiado. Essa é a situação nas universidades gaúchas, inclusive na Unisc. Ao entrar no site da instituição, hoje à tarde, me deparei com uma faixa em flash exibindo a nova data de início do segundo semestre de 2009, 17 de agosto. Parece que a região está mesmo em pânico com a tal da gripe suína. Em Lajeado já há dois suspeitos internados na UTI. Em Rio Pardo, alguns comentários de que mais dois casos suspeitos surgiram na cidade. Parece que toda a região pirou. Não sei ainda se tenho mais medo do vírus ou do pânico que vem tomando a população. Mais cedo passei em frente ao Hospital dos Passos em Rio Pardo: TODOS de máscara. Será mesmo a Influenza A razão para tanto alarme? É claro que devemos nos prevenir, mas tanta prevenção já está virando loucura. Evitar lugares fechados por muito tempo, lavar as mãos com frequência são formas de prevenir, mas não acho que adiar as aulas e causar pânico nas pessoas vá resolver a situação. O pior é saber que perderemos dezembro inteiro recuperando aulas. E eu que ainda nem tinha planos para o verão...

Jornalismo Musical

Ontem, vasculhando o orkut, encontrei uma comunidade denominada Jornalismo Musical. É claro que eu já havia escutado a expressão, mas foi apenas ontem que tive a certeza de que essa é minha praia. Quem me conhece sabe da minha paixão pela música, mas antes, o desafio de unir jornalismo com minha obsessão musical parecia distante. Somente ontem entendi que, não importa o meio no qual vou trabalhar, eu preciso unir essas duas paixões para sobreviver. Exageros a parte, me deparei com outro problema: a produção bibliográfica na área é escassíssima. As duas principais fontes sugeridas em um fórum da comunidade são a revista Rolling Stones e o Manual de Estilo da MTV. Hoje, visualizando o blog do professor Demétrio, encontrei a dica do livro Rolling Stone: as melhores entrevistas da revista Rolling Stone (LAROUSSE, 2008). Mesmo assim, é pouco material de pesquisa. E esse desafio me estimula ainda mais. Imaginem a produção de uma monografia, por exemplo, sem material de pesquisa. Essa sensação de que finalmente descobri o que quero no futuro é incrível. Jornalismo Musical. Quem diria, algo tão fora de mídia e com poucos bons profissionais atuando. E ainda dizem que orkut é perda de tempo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

...

No início da tarde de ontem fui informado que a cadeira de Jornalismo Impresso II, que seria ministrada pelo professor Hélio, foi cancelada, tal qual ocorreu no semestre passado. Fico então me perguntando, será que os alunos têm tanto medo assim das cadeiras do Hélio? Ou a decisão do supremo está colaborando para que muitos alunos desistam do curso? Sinceramente, acredito que as duas hipóteses estejam corretas. A fama de "carrasco" do Hélio voa pela Unisc, e a não obrigatoriedade do diploma vêm desestimulando muitos acadêmicos. Mas há outra hipótese circulando pelos corredores da comunicação. Acredito ser de conhecimento geral o fato de que há uma "divisão" em grupos de professores do curso de comunicação. Há também um boato de que alguns professores de um desses "grupos" tentam, como posso dizer, prejudicar professores do grupo contrário. O cancelamento de uma cadeira do professor Hélio seria então uma forma de prejudicar o educador??? Não sei a resposta. Muito menos sei se acredito nesse papo de divisão. Mas os boatos estão por aí. Espero que ao menos possamos fazer a cadeira no ano que vem e que essas historinhas de rivalidade não prejudiquem a formação dos acadêmicos. E quanto aos boatos, bem, quem liga pra eles mesmo?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Divagando...

São quase dois meses sem postar. Realmente muito tempo. Mas precisava desse tempo para pensar. Pode parecer poético demais, mas foi um tempo para refletir. Por vezes parei para pensar se jornalismo é realmente aquilo que quero para meu futuro. Jornadas de trabalho intermináveis, stress, pouquíssimos momentos de descanso, essas coisas que nossos professores insistem em nos "preparar" para que tenhamos a certeza de como será nossa vida se seguirmos a profissão.

As férias já estão na reta final. Falta pouco mais de uma semana para voltarmos à rotina de provas, trabalhos, noites em claro. Confesso que esse semestre me deixou dúvidas. Por conta das inúmeras tarefas que assimilei, quase peguei exame em uma cadeira de jornalismo impresso. Decidi novamente sair do jornal e não voltar a estagiar nesse próximo semestre. Estou tocando em 3 bandas, e isso exige tempo e dedicação. Ao mesmo tempo, quero aproveitar ao máximo os ensinamentos de cada cadeira, sem as distraçoes de um estagio. Como um grande professor me disse certa vez, "aproveite bem o que cada professor tem a lhe ensinar, porque isso é a única coisa que jamais poderão roubar de você".

Quanto ao jornalismo, é lógico que não abandonarei o curso. A única certeza que adquiri no semestre que decorreu é de que não nasci para as salas de redação de um jornal impresso. Mas esse semestre tenho minha primeira cadeira de tele. Quem sabe eu descubra definitivamente o que quero diante das cameras.

Bom, depois de falar tanta coisa desinteressante, volto a postar, e prometo que atualizarei frequentemente o blog. Quando tiver algo realmente interessante para falar eu posto, mas é muito bom estar de volta.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Relembrando 1808

Por muito tempo, mais especificamente até 1999, o dia da imprensa foi comemorado em 10 de setembro. Isso porque foi nesta data, no ano de 1808, que circulou, pela primeira vez, a Gazeta do Rio de Janeiro, considerada durante um longo período como o primeiro jornal brasileiro. A Gazeta era um periódico da corte e antes de seu lançamento era extremamente proibida a circulação e a impressão de qualquer livro ou jornal no país. Entretanto, houve um predecessor que circulava clandestinamente. O Jornal chamava-se Correio Braziliense, criado pelo gaúcho Hipólito José da Costa e impresso na Inglaterra. Diferente dos conhecidos jornais de nossos tempos, os impressos de Hipólito mais assemelhavam-se a livros. A primeira edição do jornal clandestino data de 1º de junho de 1808, três meses antes da criação da Gazeta. Mas foi apenas em 1999, com a contestação de historiadores - que defendiam o Correio como o marco do jornalismo no país - que a data mudou para 1º de junho.
Há ainda muitas especulações, teorias (conspiratórias ou não), incertezas. Alguns acreditam que Hipólito da Costa, apesar de defender ideais libertários em eu periódico, encontrava-se com a monarquia, servia-se do dinheiro dos poderosos que tanto criticava e, talvez, até mantivesse pactos com aqueles que, antes, proibiam a publicação de tais influências contra o regime monárquico. Para saber se é verdade basta procurar, há registros históricos que detalham esses "boatos". Críticos afirmam que o Correio, mesmo sendo (em teoria) contra o governo, não passava de um periódico vendido a ele. Se é verdade, eu não sei. Infelizmente ainda não consegui estudar o assunto com tal profundidade. Mas será que o fato tira o brilhantismo dessa data? Afinal, como comunicadores, ou estudantes da área, deveríamos nos orgulhar ao invés de procurarmos razões ou teorias incertas sobre um jornal que dava a luz a novos ideais (liberté, égalité, fraternité), um periódico estatal que não trazia nada de interesse público ou sobre supostos sinais do primeiro caso de corrupção entre a imprensa e o governo brasileiro.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Estaremos ignorando seu gerundismo

Demorei muito tempo para entender todos os problemas que envolvem o emprego do gerúndio no jornalismo. Na verdade, ainda acho que há casos em que seu uso pode ser perdoado. Mas em grande maioria, é assassinato do bom português. Há algo mais irritante do que a ligação de alguma Central de Atendimento ao Cliente com seu "estaremos entrando em contato senhor", ou ainda "estaremos enviando seus dados"? É simplesmente irritante. Creio que as aulas do Hélio estejam me deixando (olha o gerúndio) mais crítico quanto a isso. Confesso que no início parecia tudo muito chato. Mas sabe que agora até que faz sentido! Por enquanto, vou estudando, aprendendo, ignorando, enquanto alguns seguem assassinando o idioma, utilizando indiscriminadamente o tal do gerundismo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ah, inveja...

Como sabem os leitores deste blog, voltei para o jornal. Aliás, sexta sai a próxima edição, mas isso não vem ao caso. A história que quero contar é outra. Hoje, pouco após o meio-dia, lá no jornal, meu chefe ouvia a rádio Gaúcha. Os locutores faziam uma singela homenagem a Pedro Ernesto. O motivo? Sua narração do golaço do Nilmar no último domingo contra o Corinthians - gol esse que vem sendo repercutido e comentado por muitos - foi transmitida no Jornal Nacional ontem à noite. Uma homenagem mais do que merecida. A narração deste gol foi realmente emocionante. Minutos depois, meu chefe sintonizou na rádio Guaíba, uma concorrente da Gaúcha. O comentário dos locutores não poderia ser outro: falavam sobre a narração da rádio rival ter sido veiculada, ao vivo, no JN. Pior, falaram que a melhor narração daquele gol havia sido de seu locutor, cujo nome não recordo no momento. Para comparar, colocaram a narração do radialista da Guaíba no ar. Não vou negar que realmente era muito boa, mas é besteira fazer comparação. Ah, inveja! A bronca toda era assistir a rádio rival no jornal de maior audiência do país. Aliás, uma transmissão mais do que merecida. Pedro Ernesto é, na minha opinião, o melhor locutor de futebol do rádio brasileiro. Inveja é normal, principalmente por parte da concorrência. Enquanto isso, apenas me inspiro, procurando talvez seguir seus passos. Quem sabe um dia também cause inveja e possa ouvir uma narração minha no horário nobre da televisão brasileira. Sigo sonhando...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Quero entrevistar o Álvaro

Alguém costuma prestar atenção nas entrevistas concedidas pelos jogadores de futebol após os jogos? Normalmente são ridículas né. Perguntas óbvias, respostas mais óbvias ainda, jogadores que seguem apenas um manual limitadíssimo de entrevistas com respostas pré-ensaiadas, evasivas. Muitas vezes chega a ser irritante assistir uma dessas entrevistas pela televisão. Mas no último jogo que assisti do meu time do coração, Internacional, o zagueiro colorado Álvaro deu uma entrevista que me espantou. Recobrei as esperanças de que é possível fazer uma entrevista de qualidade nesse meio. Para quem já o assistiu fora dos campos driblando os repórteres, é incrível pensar que um jogador de futebol consiga ter tanta desenvoltura diante de um microfone. Sim, eu quero entrevistar o Álvaro. E quero entrevistar outros tão inteligentes quanto ele. Sinceramente, já chega dessa balela de "jogador de futebol é tudo burro". Na verdade, deveriam ser os primeiros a estudar, aprender, afinal, são perseguidos pela mídia todos os dias. O mínimo que deveriam demonstrar é conhecimento suficiente para dar uma entrevista de qualidade sem esses clichês. É entediante assistir uma figura que muitas vezes é ídolo em campo e não consegue nem desenvolver um raciocínio sem cair no lugar-comum. Estou sendo muito duro? Sonhador? Idealista? Talvez. Mas seria fantástico assistir outras entrevistas como a do Álvaro.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Atualizando

Se não me engano, ainda devo algumas explicações, como por exemplo, porque sai do jornal. Bem, digamos apenas que a crise não é uma simples "marolinha" como indicava nosso presidente. Simplesmente não havia anunciantes, e assim, não entrava dinheiro. Meu chefe decidiu que seria melhor eu ficar em casa, pelo menos até a situação amenizar e o jornal poder voltar a ter circulação. Ah, e apenas como curiosidade, algo completamente fora desse "contexto jornalístico": esse final de semana, mais especificamente no dia 1º de maio, ocorreu meu primeiro show em uma banda de pagode. Sim estou tocando pagode. Confesso que não é exatamente aquilo que prefiro, mas não tenho preconceitos quanto a estilos. Na verdade, amo Jazz, Blues, Bossa, Rock, mas um bom pagode também tem seu valor. Não importa o estilo, o que interessa é fazer música de boa qualidade. Falando nisso, estou louco para assistir o Pouca Vogal. O Gessinger e o Leindecker cantando apenas as clássicas de duas das maiores bandas gaúchas (Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem) deve ser realmente incrível. Eles estarão nesta quarta na Unisc, mas acho que não conseguirei ir. Pena. Não resisto a um bom rock gaúcho.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Pede pra sair seu 05...

Infelizmente não consigo mais entrar no blog frequentemente. Pelo menos não foi possível na última semana. A verdade é que os trabalhos estão acabando comigo (e com o resto da turma). Se você é uma das 5 pessoas que acompanha esse blog, deve lembrar do meu trabalho, do meu calvário, 1 mês sem assistir TV. Pois bem, terei que recomeçar. Tantas coisas na cabeça me fizeram esquecer de anotar diariamente essa experiência, e com mais de uma semana perdida, resolvi reiniciar. Mas antes vou aproveitar um pouquinho esse período que precede a nova abstinência. Começo dia 1º de maio. Às vezes acho que uso o fato de não ter feito esse relato diário apenas como desculpa. Imagino a professora Ana como um capitão Nascimento da comunicação: "Pede pra sair 05, pede!" E eu, fragilizado pelas cadeiras e atormentado pelo mau-humor de alguns professores, apenas repito freneticamente, "Eu desisto senhor, eu desisto". Mas, mudando de assunto, alguém aí ainda não conhece a nova moda da internet, o Twitter? Não, eu ainda não fiz o meu. O que me inquieta é querer saber o que leva as pessoas a esses modismos instantâneos. E eu com saudades do mIRC... bons tempos!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

E a tortura começa...

Como prometido semana passada, iniciei meu castigo. Confesso que imaginei ser fácil, mas toda hora alguém está vendo TV e inevitavelmente o olhar é desviado para a tela. A seguir, um relatório diário para melhor acompanhamento desse desastroso processo.




Quinta-feira, 09 de abril de 2009

O mais difícil não é ficar sem ver TV, mas lembrar que devo ficar sem ver TV. Já pela manhã, antes de sair de casa, ouvi ao longe o som da televisão no quarto de minha mãe. O dia foi tranquilo, e nem lembrei da promessa de que iniciaria esse trabalho hoje. Cheguei em casa perto das 20h. Como de costume, meus avós estavam assistindo a novela. Apenas para contextualizar, vim passar o feriadão na casa dos meus avós, em Rio Pardo. Minha mãe permaneceu em Lajeado. Sentei à mesa para descansar e sem perceber, assisti um pedaço do JN também. Após o banho, fui jantar e mais uma vez o televisor chamou minha atenção. É incrível como nem percebemos algo tão marcado em nossas vidas. Um simples ritual diário de sentar-se com a família para assistir ao noticiário ganha outro significado quando temos consciência disso. Mas resisti. No momento em que recordei a promessa e o trabalho desviei o olhar da televisão. Minha avó continuou assistindo. A única coisa que ainda me atrai é o som. Ouvir a novela das 9, a Juliana paes, o Toni Ramos, e companhia ainda desvia minha atenção. Mas não posso simplesmente pedir para que minha avó desligue a televisão. O calvário é meu e não pode ser compartilhado. Prefiro pensar que amanhã tudo será mais fácil.


Sexta-feira, 10 de abril de 2009

A manhã foi tranquila. Devido ao feriado, acordei perto das 10h. Sai para buscar algumas partituras e nem lembrei do trabalho. Durante a tarde também foi normal. Já adquiri o hábito de não assistir TV nesses horários. Normalmente estou em aula e depois vou para o trabalho. À tardezinha, fui ver minha namorada. Não se preocupem, nenhum detalhe sórdido será relatado aqui. Apenas assistimos filme (Procurando Nemo, que ela adora). Não recordo a professora ter mencionado ser proibido assistir DVD, então, acredito estar isento quando se trata de filmes. De qualquer forma, sendo proibido ou não, não vou deixar de assistir. O grande problema foi quando meus sogros chegaram e foram assistir novela. Tentei desviar o olhar, mas se nem na casa de meus avós me sinto no direito de pedir para que desliguem a televisão, tampouco isso aconteceria na casa de meus sogros. Apenas sugeri que fôssemos para o computador, tentando fugir da tentação de olhar a novela das seis uma vez mais. De noite assisti outro filme. Se cineminha for proibido, já desobedeci todas as regras do trabalho.


Sábado, 11 de abril de 2009

Passei grande parte do dia fora de casa. Ao acordar, estudei. Logo após o almoço sai para o ensaio. Não há muito o que contar. Normalmente não chego perto da televisão nos sábados. Dessa vez não foi diferente. De noite fui à casa de uma amiga. Tocaríamos naquela noite no Taquari, um conhecido clube da cidade, no aniversário de um Piquete. A correria do dia tornou a tarefa mais tranquila...


Domingo, 12 de abril de 2009

Feliz Páscoa. Eu, meu tio e meus avós acordamos cedo. Viemos passar a Páscoa em Lajeado com miha mãe. Durante o almoço, sentei de costas para a TV para evitar riscos. Após, deitei no sofá e acabei cochilando. Mas assisti um pedaço de "Madagascar" - eu avisei que não deixaria de ver os filmes. Durante o resto do dia foi fácil. Apenas vi o Faustão quando passei, quase de noite, na frente do televisor ligado.


Segunda-feira, 13 de abril de 2009

O dia ainda não terminou mas "deu tudo certo". De manhã, em aula, passei uma vez em frente ao televisor colocado no bolco 5. Só deu tempo de ver a imagem das "Três espiãs" antes de lembrar do trabalho. À tarde, fiquei trancado em meu quarto. Não trabalhei hoje. Digamos que a crise financeira me forneceu um período de férias - forçada. Mas isso não vem ao caso. Em outro post eu conto melhor essa história (e tenho ainda que contar sobre minha relação com a música, algo que prometi há um bom tempo). Passei a tarde tocando para não cair novamente na tentação. A única coisa que sei é que hoje de noite, na Tela Quente, o filme será "Se Eu Fosse Você". Faz tempo que quero ver esse filme. Não vou perder. E o trabalho? Já disse que não vou deixar de assistir aos filmes. Nos intervalos eu saio. Volto apenas quando recomeçar o filme. Que argumento fraco não é? Amanhã quem sabe eu comece a levar mais a sério o trabalho... ou não.



quarta-feira, 8 de abril de 2009

O calvário

Embora pareça, este blog não está abandonado não. É que está cada vez mais difícil conseguir tempo e inspiração para postar. De qualquer modo, vim atualizar as postagens.

Amanhã começa meu calvário. Como assim? Já explico. Em meio a tantos trabalhos, um em especial veio desafiar os alunos de Teoria da Comunicação II com a Professora Ana Maria: ficar 1 MÊS sem assistir TV. Ahhh, moleza!! Moleza?? Logo que o trabalho foi solicitado, pensei que realmente fosse fácil, mas agora, com a data se aproximando, será que é tão simples? O objetivo é testar o quanto a televisão é importante em nossas vidas. Devemos fazer um diário contando o que sentimos sem a TV, se ela faz falta, se não faz... essas coisas. Vou tentar atualizar diariamente o Blog contando essa experiência. Mas, devido ao feriadão, a primeira postagem será apenas segunda-feira. Um resumão do final de semana. Então, boa sorte a todos nessa peleia...


Maldito Super Size Me. Tinha que dar idéia para a professora?? Bom, pelo menos já assisti a final do Big Brother...

terça-feira, 31 de março de 2009

Supremo julgará destino do Jornalismo

A obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão será julgada amanhã à tarde, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Após sete anos de espera, o Recurso Extraordinário 511961 receberá a sentença e irá decidir o futuro de profissionais e estudantes da área. O julgamento está previsto para as 14h e será transmitido ao vivo pela TV Justiça.

A discussão teve início em outubro de 2001, quando a juíza substituta Carla Rister, da 16ª Vara Cível da Justiça Federal, em São Paulo, suspendeu a obrigatoriedade do diploma para obtenção do registro profissional. Desde então, inúmeras batalhas foram travadas e a categoria tem lutado para comprovar a constitucionalidade da exigência do diploma. Em nobembro de 2006, algumas decisões de juízes deram ganho de causa a profissionais que trabalhavam em veículos de comunicação sem formação acadêmica para que pudessem exercer a profissão.

O presidente da Federação dos Jornalistas, Sérgio Murilo, acredita que o julgamento do Supremo Tribunal deverá acompanhar a decisão dos tribunais inferiores, favoráveis a manutenção do diploma. Em carta aberta do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) ao STF, o Presidente do FNPJ, Edson Luiz Spenthof, defendeu que a luta pela obrigatoriedade do diploma, é também a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos e das cidadãs brasileiras: “os direitos-irmãos de manifestação do pensamento e de acesso à informação”.

Entretanto, dos 11 ministros que farão parte da corte, 6 já se mostraram, de alguma forma, contra a exigência do diploma. Entre eles está o presidente do Supremo e relator do caso, Gilmar Mendes. Em 2006, Mendes relatou uma medida cautelar que garantia o exercício da profissão para os profissionais sem registro. Mas ainda há tempo para que os ministros possam rever suas posições. Tempo para que o destino de toda uma categoria seja definido. Neste 1º de abril, dia da mentira, espera-se anciosamente que a verdade prevaleça.

Jovem Foca