quinta-feira, 21 de maio de 2009

Estaremos ignorando seu gerundismo

Demorei muito tempo para entender todos os problemas que envolvem o emprego do gerúndio no jornalismo. Na verdade, ainda acho que há casos em que seu uso pode ser perdoado. Mas em grande maioria, é assassinato do bom português. Há algo mais irritante do que a ligação de alguma Central de Atendimento ao Cliente com seu "estaremos entrando em contato senhor", ou ainda "estaremos enviando seus dados"? É simplesmente irritante. Creio que as aulas do Hélio estejam me deixando (olha o gerúndio) mais crítico quanto a isso. Confesso que no início parecia tudo muito chato. Mas sabe que agora até que faz sentido! Por enquanto, vou estudando, aprendendo, ignorando, enquanto alguns seguem assassinando o idioma, utilizando indiscriminadamente o tal do gerundismo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ah, inveja...

Como sabem os leitores deste blog, voltei para o jornal. Aliás, sexta sai a próxima edição, mas isso não vem ao caso. A história que quero contar é outra. Hoje, pouco após o meio-dia, lá no jornal, meu chefe ouvia a rádio Gaúcha. Os locutores faziam uma singela homenagem a Pedro Ernesto. O motivo? Sua narração do golaço do Nilmar no último domingo contra o Corinthians - gol esse que vem sendo repercutido e comentado por muitos - foi transmitida no Jornal Nacional ontem à noite. Uma homenagem mais do que merecida. A narração deste gol foi realmente emocionante. Minutos depois, meu chefe sintonizou na rádio Guaíba, uma concorrente da Gaúcha. O comentário dos locutores não poderia ser outro: falavam sobre a narração da rádio rival ter sido veiculada, ao vivo, no JN. Pior, falaram que a melhor narração daquele gol havia sido de seu locutor, cujo nome não recordo no momento. Para comparar, colocaram a narração do radialista da Guaíba no ar. Não vou negar que realmente era muito boa, mas é besteira fazer comparação. Ah, inveja! A bronca toda era assistir a rádio rival no jornal de maior audiência do país. Aliás, uma transmissão mais do que merecida. Pedro Ernesto é, na minha opinião, o melhor locutor de futebol do rádio brasileiro. Inveja é normal, principalmente por parte da concorrência. Enquanto isso, apenas me inspiro, procurando talvez seguir seus passos. Quem sabe um dia também cause inveja e possa ouvir uma narração minha no horário nobre da televisão brasileira. Sigo sonhando...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Quero entrevistar o Álvaro

Alguém costuma prestar atenção nas entrevistas concedidas pelos jogadores de futebol após os jogos? Normalmente são ridículas né. Perguntas óbvias, respostas mais óbvias ainda, jogadores que seguem apenas um manual limitadíssimo de entrevistas com respostas pré-ensaiadas, evasivas. Muitas vezes chega a ser irritante assistir uma dessas entrevistas pela televisão. Mas no último jogo que assisti do meu time do coração, Internacional, o zagueiro colorado Álvaro deu uma entrevista que me espantou. Recobrei as esperanças de que é possível fazer uma entrevista de qualidade nesse meio. Para quem já o assistiu fora dos campos driblando os repórteres, é incrível pensar que um jogador de futebol consiga ter tanta desenvoltura diante de um microfone. Sim, eu quero entrevistar o Álvaro. E quero entrevistar outros tão inteligentes quanto ele. Sinceramente, já chega dessa balela de "jogador de futebol é tudo burro". Na verdade, deveriam ser os primeiros a estudar, aprender, afinal, são perseguidos pela mídia todos os dias. O mínimo que deveriam demonstrar é conhecimento suficiente para dar uma entrevista de qualidade sem esses clichês. É entediante assistir uma figura que muitas vezes é ídolo em campo e não consegue nem desenvolver um raciocínio sem cair no lugar-comum. Estou sendo muito duro? Sonhador? Idealista? Talvez. Mas seria fantástico assistir outras entrevistas como a do Álvaro.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Atualizando

Se não me engano, ainda devo algumas explicações, como por exemplo, porque sai do jornal. Bem, digamos apenas que a crise não é uma simples "marolinha" como indicava nosso presidente. Simplesmente não havia anunciantes, e assim, não entrava dinheiro. Meu chefe decidiu que seria melhor eu ficar em casa, pelo menos até a situação amenizar e o jornal poder voltar a ter circulação. Ah, e apenas como curiosidade, algo completamente fora desse "contexto jornalístico": esse final de semana, mais especificamente no dia 1º de maio, ocorreu meu primeiro show em uma banda de pagode. Sim estou tocando pagode. Confesso que não é exatamente aquilo que prefiro, mas não tenho preconceitos quanto a estilos. Na verdade, amo Jazz, Blues, Bossa, Rock, mas um bom pagode também tem seu valor. Não importa o estilo, o que interessa é fazer música de boa qualidade. Falando nisso, estou louco para assistir o Pouca Vogal. O Gessinger e o Leindecker cantando apenas as clássicas de duas das maiores bandas gaúchas (Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem) deve ser realmente incrível. Eles estarão nesta quarta na Unisc, mas acho que não conseguirei ir. Pena. Não resisto a um bom rock gaúcho.

Jovem Foca