sábado, 24 de abril de 2010

A profissão mais completa do mundo

Esse texto foi originalmente desenvolvido para o blog do Focas do Q? do qual participo, mas resolvi postá-lo aqui também. Espero que gostem tanto quanto as queridas Laura Gomes e Thamires Waechter gostaram.

É provável que muitos dos leitores deste  blog já estejam pensando no vestibular. Alguns talvez já tenham superado essa fase, e outros nem começaram a pensar a respeito. Mas para os que estão nos preparativos, algumas razões para se fazer (ou não) jornalismo. A verdade é que ser jornalista é ter várias profissões. É ser psicólogo para falar com as fontes, ouvir seus problemas e, do meio de toda aquela conversa, retirar um pequeno trecho que possa ser útil na matéria. É ser um sociólogo preocupado com as causas sociais, para falar de assuntos difíceis, marginalizados. É ser um filósofo, principalmente sentado em um bar conversando com os amigos sobre as coisas bobas da vida. É ser um especialista em legislação, para não falar alguma bobagem que possa retornar em forma de processo. É ser um economista de primeira para saber se virar com a grana curta e muitos gastos. É ser um grande ator para conseguir encenar a qualquer momento que a reportagem o exija. É ser humorista, porque apenas com bom humor é possível conviver em harmonia com uma equipe tão doida quanto a do Focas. É ser um atletista para dar conta de correr atrás de tudo. É ser um literato para saber usar as palavras da forma mais atrativa, mas sem inventar informações. Em resumo, é ser versátil. Tá certo que o salário não é dos melhores, a jornada de trabalho é longa e cansativa, come-se apenas porcarias, mas nada substitui o prazer de ver um texto seu sendo lido pelas pessoas. Nada é mais compensador do que ter a certeza de que se fez a melhor matéria possível. E é isso que nos motiva a fazer a edição especial do Focas do Q?. Para quem não sabe o que fazer no vestibular, essa é a dica. Mas saibam que é um orgulho para toda a equipe fazer parte da profissão mais completa do mundo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Questão de gosto

A netinha queria escutar uma música com a avó, mas foi surpreendida pelo gosto musical da velhinha.



Áudio produzido para a disciplina de Elementos de Linguagem Musical, ministrada pelo professor Gerson Rios Leme. O grupo foi composto por mim, Yaundé Narciso, Patrícia Fanck e Anna Porto.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O que aprendi no Photoshop - Parte 1

Pois bem. Para quem ainda não sabe, comecei a trabalhar com edição de fotografia essa semana, em um Estúdio, aqui mesmo em Santa Cruz do Sul. Confesso que entendo apenas o básico de edição, mas estou me esforçando para aprender mais. Já recebi algumas dicas (obrigado Vivi Herrmann) e estou lendo tutoriais. E vou colocar no blog as provas da minha evolução. Hoje coloco as 5 primeiras imagens, de efeitos básicos (ou não) que estou estudando. Dentre essas 5, uma é retirada da internet (a do carro) mas a edição foi feita por mim, juro. As outras 4 são todas de minha autoria, tanto produção quanto edição. Espero que gostem. Nas próximas postagens da série vou colocando a evolução do estudo e do trabalho.


terça-feira, 20 de abril de 2010

Rotina em melodias

O Artigo abaixo foi desenvolvido para a disciplina de Jornalismo Impresso II, ministrada pelo professor Hélio Etges.

Rotina em melodias
Renan Silva*

Desde a primeira temporada, a música é elemento fundamental na série House MD. O personagem que dá nome a série toca piano, guitarra e gaita de boca. Na maioria das vezes, House encerra o episódio diante de seu piano, quase sempre tocando Blues. Entretanto, em episódios mais tristes, nos quais os pacientes morrem ou o protagonista discute com algum de seus convivas, House executa melodias tristes e depressivas, que colaboram com a tonalidade do episódio. Além disso, são vários os capítulos em que aparecem músicos ou fatos que remetam a isso.

Um dos fatores que contribuem para o uso da música em cada episódio é o fato de Hugh Laurie, ator que interpreta o Doutor Gregory House na série, ser também músico. Além do mais, os arranjos são uma forma de interação com a trama. House compensa sua total falta de gentileza e humanidade executando melodias que revelam o andamento do seu dia.  Apesar de, muitas vezes, o personagem se considerar um miserável, as trilhas que refletem sua solidão não demonstram infelicidade. Com exceção às ocasiões em que ocorrem mortes ou brigas, as melodias são contrárias ao perfil de um médico deprimido e viciado. Entretanto, a presença marcante de tons menores em cada execução exprimem a melancolia supostamente escondida pelo ritmo escolhido e pela interpretação do ator.

Há ainda os momentos em que a música contribui de forma indireta para o desenrolar da história. Um diagnóstico realizado com base no fato de a mão esquerda estar mais alta que a direita em um concerto de piano ou pelo som de um trompete soar um pouco diferente na gravação de uma faixa para outra. Elementos simples que muitas vezes passam despercebidos, mas que tornam-se essenciais para o desenrolar da história. Além, é claro, de servirem como trilha sonora ao desenvolvimento da cena e traduzirem em notas musicais os sentimentos dos personagens.

Assim, o seriado utiliza elementos melódicos para desenvolver, aprofundar e aprimorar os episódios. As oportunidades de exploração de todos os talentos de Hugh Laurie são bem aproveitadas, assim como a incorporação de outros personagens relativos à música. Dessa forma, a série ganha em refinamento, diversidade de histórias e detalhamento. Além disso, as melodias executadas pelo Dr. House compõem o tom empregado durante cada episódio, levando o espectador ao entendimento da cena, e até mesmo, à expectativa de desvendar o que se passa na mente solitária, depressiva e viciada do personagem.




*Acadêmico do 5º semestre de Jornalismo e estudante de Música.

Reflexos do dia a dia

Em suas mãos não havia aliança. Essa é uma observação importante que faço sempre que acho uma pessoa interessante. E com certeza, ela parecia interessante. Não prestei muita atenção no início. Apenas entrei no ônibus e procurei uma poltrona próxima a janela, do lado esquerdo. Escorei a cabeça no banco, desconfortável admito, mas bastante convidativo para alguém com sono, como era meu caso. Quase fechando os olhos, percebo o reflexo no vidro: uma silhueta esguia, pele branca, delicada, rosto de porcelana e mãos cuidadosamente pousadas sobre a bolsa em seu colo, sentada na poltrona imediatamente à minha frente.

Apesar de bonita, a jovem - de 18 ou 19 anos - não é o tipo de garota que me atrai. Um pouco de futilidade no olhar, expressão esnobe. Apesar de não atrair, não consigo tirar os olhos daquele reflexo. A verdade é que procuro algo para me distrair, e observar aquela garota é o mais próximo de "diversão" que consigo encontrar. Observo por um tempo suas mãos, tempo suficiente para analisar todos os dedos. Realmente, nada de alianças. Não consigo lembrar quando começou essa obsessão. Simplesmente observava as alianças, principalmente de casais. Com o tempo, tornou-se algo involuntário. Hoje, sempre que conheço alguém que pareça interessante, olho suas mãos. Algo discreto, uma olhada rápida, de relance.

Seu telefone tocou. O tom parecia de discussão. Reclamava por ter ido a algum lugar que não tinha o produto que precisava. Nada muito atrativo. Desligou o telefone e voltou a repousar as mãos sobre a bolsa. Ao seu lado, um senhor - trabalhador, pobre, suado - senta. Ela se aproxima ainda mais da janela. O rosto continua esnobe e o olhar perdido, distante. Continuo a observá-la por um tempo, até que adormeço. Acordo apenas 20 minutos depois. Olho imediatamente para o reflexo: ela continua estática, com o mesmo olhar, mãos ainda sobre a bolsa. O senhor ao seu lado desce, e ela volta a ocupar todo o espaço de sua poltrona.

Meus olhos continuam fixos, embora nenhum gesto mais seja revelador e sua expressão preserve a mesma monotonia do início desta observação quase antropológica. De repente, seu olhar se desvia para trás. Pelo reflexo, me enxerga. Vira-se para frente, mas em menos de um minuto volta a me olhar. Penso em virar o rosto, fechar os olhos, mas desisto de qualquer ideia. Nos observamos por apenas um instante. Ela parece curiosa, eu, desconfiado. Nos aproximamos da parada, ela vai descer no mesmo ponto que eu. Enquanto me levanto, percebo que pela terceira vez sou observado. Ela vai logo à minha frente, não pronuncia uma única palavra, não desvia mais nenhum único olhar. Apenas sai do ônibus. Vai em sentido oposto ao meu. E seu reflexo, observo uma última vez, já distante.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Focas do Q? volta com tudo!

Foi ontem a primeira reunião da 5ª edição do Focas do Q?. A equipe desse ano reúne pessoal de RP, PP, Mídia e Jornal. Logo logo, a nova proposta gráfica do blog do focas estará pronta e eu coloco o link aqui. A equipe reúne bixos e veteranos de diferentes períodos. A coluna coxuda sobre o projeto ficará a cargo da empolgada topa-quase-qualquer-coisa, Ana Claudia, mais conhecida como Blau. Para quem não lembra, ela fez uma matéria na edição passada indo a uma festa sem gastar um único centavo. Aliás, ela foi na Oktoberfest, entrou de graça, jantou, comeu algodão doce, entrou no show do Inimigos do HP e ainda tirou foto no colo do vocalista do grupo. TUDO ISSO DE GRAÇA. Outra remanescente da edição passada é a gloriosa Bruna Travi, que faz questão de esquecer o "Silva" do nome. Além disso, a apresentadora da Unisc TV, Emilin Grings também é veterana no caderno. Para finalizar a apresentação dos veteranos, o gaudério mais gaudério da Unisc, João Caramez. Dentre os mais novos, Vanessa Britto - que de nova não tem nada - representante do curso de Relações Públicas no projeto. Taíssi Alessandra - outra que ignora o "Silva" de seu sobrenome - e Samara Mundt são as representantes de Publicidade e Propaganda. Giovani Blank e Carine da Silva representam Produção em Mídia Audiovisual. Os demais componentes são Yaundé Backes, Juliana Spilimbergo, Thamires Waehter, Laura Gomes da Silva - que não renega o sobrenome - e Vanessa Costa de Oliveira, todas acadêmicas de jornalismo. Além de mim, é claro. Além disso, o projeto é coordenado pelo professor Demétrio Soster. Jansle Appel Jr. é o editor. Gelson Pereira é o Diretor de Arte e Sancler Ebert é o repórter colaborador. Essa edição do caderno será temática. Além do blog, já utilizado na outra edição, o twitter será usado para divulgar o caderno, e o professor promete expandir para outras mídias o projeto. Quarta que vem é a próxima reunião. Até lá, ficamos no aguardo, e trabalhando para trazer muitas novidades.

Jovem Foca