sexta-feira, 4 de junho de 2010

Momento nostalgia

Todos vocês sabem que eu gosto de conversar né. Aliás, tenho um problema sério, pois falo mais do que escuto, e no jornalismo, isso é uma falha grave. Mas deve ser algo que está no sangue e é imutável. Pois hoje, conversando com a amiga e colega Foca, Laura Gomes, relembrei alguns momentos. Pra qualquer um, seriam momentos bobos. Quem, por exemplo, acharia graça em relembrar um elogio à sua primeira redação, que misturava fantasia com realidade, e que a professora elogiou pelo simples fato de ser fruto de muita leitura? Quem guardaria o texto mais sensato e emotivo que já escreveu, e o releria tempos depois pensando, "como fui sincero!"? Quem perderia horas de sua noite contando a frustração de ser um poeta que nunca ninguém leu nem ouviu, simplesmente porque suas poesias são feitas em voz baixa, na hora de dormir, apenas para alimentar o próprio espírito? É, talvez sejam momentos bobos. Mas são meus momentos. São instantes em que me permito sentir emoção, rir, chorar, errar, sem culpa, sem medo, sem críticas. São momentos só meus, mas que compartilho com todos, à medida que sei que cada um tem seu próprio momento. Os detalhes diferem, certamente, mas a emoção é a mesma. A necessidade de falar e principalmente, a necessidade de reviver o passado é a mesma. O futuro não teria sentido não fossem as lembranças de um passado feliz, mesmo que ele não tenha sido tão feliz assim.

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