sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tudo voltará ao normal

Sei que prometi voltar a postar frequentemente. Fiz essa promessa na segunda, se não me falha a memória. Mas a verdade é que tive uma semana do cão. É sério. Semana passada foi a minha primeira de trabalho. São 30 horas semanais de estágio na assessoria de comunicação do Hospital Santa Cruz. Após minha jornada diária de trabalho, corria para a Unisc, onde fui um dos cerimonialistas nas palestras da nossa semana acadêmica. A correria foi intensa, acreditem. Na sexta-feira, tudo terminou. Enfim, um final de semana inteiro para descansar. BANG! Errado.

Passei o sábado ensaiando e passando som. De noite, Toquei mais de 4 horas de baile (sim, voltei a tocar em bailes). Cheguei em casa no domingo por volta das 6:30 da matina. E às 14h já estava pronto para tocar novamente, desta vez pela banda marcial. No mesmo dia, ou melhor, na mesma tarde, voei para um salão comunitário onde tocaríamos novamente com a banda de baile. Na manhã seguinte, às 6:30 da manhã, enquanto muitos ainda roncavam e outros recém acordavam, já estava eu em um ônibus rumo a Santa Cruz do Sul. Um dia inteiro de trabalho. A noite de segunda-feira (pré-feriado) chegou com a esperança de sossego. Até que um amigo chega na frente de casa, de moto, com capacete extra. Veio buscar-me para irmos tocar, outra vez, em Rio Pardo, naquele mesmo salão comunitário da noite anterior. O relógio marcava 20h. E iríamos DE MOTO!!!

Nunca contei essa história por aqui, mas não tenho boas recordações relacionadas à motocicletas. Quando eu tinha cerca de 6 anos, meu pai, voltando para casa no meio da noite (morávamos em Passo do Sobrado, um lugarzinho bem próximo ao fim do mundo) sofreu um acidente, quebrou a perna e quase morreu. Ficou 50 dias internado, passou por várias cirurgias. E o pior: minha mãe achava que eu não sabia de nada! É claro que não conhecia os detalhes. Mas eu sabia que ele estava no hospital e que havia sofrido um acidente. E principalmente, sabia que estava vivo. Nunca esqueço da primeira vez que falei com ele enquanto ele estava no hospital. Ninguém havia me contado nada, ainda. Mas enquanto ouvia a voz dele, por telefone, imaginava ele falando comigo, sobre uma cadeira de rodas, triste. Ninguém precisou me contar nada. Eu sabia de tudo, sabe-se lá como.

Pois bem, desde então, não sou muito simpático a motos. E mesmo assim, o Everton estava aqui na frente de casa me esperando para voarmos até Rio Pardo. E quando digo "voarmos", tenham certeza que foi quase literalmente. A moto rasgou o asfalto no trajeto entre Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Chegamos em menos de 20 minutos (para se ter ideia, o tempo médio que um ônibus leva de um município a outro é 45 minutos). E o vento! E o frio! Pareço um chato reclamando, mas foi realmente terrível viajar naquele frio. E eu falei apenas do trajeto de ida. Mas ainda não mencionei que fui trazido de volta às 3h da matina, com mais frio, com mais vento e com muito mais sono. O resultado foi uma gripe das brabas que me derrubou durante o feriado e piorou no dia seguinte. E para terem ideia, ainda não estou totalmente recuperado.

Tá, parece um xororô brabo, uma desculpa chata e sem graça. Mas realmente não tive condições de colocar as postagens do blog em dia. E por isso, a postagem de hoje (e todos esses parágrafos que você não aguenta mais ler) é pra dizer que a partir da semana que vem, as postagens voltam ao normal. Voltarei a escrever duas ou três crônicas por semana, como vinha fazendo. E já tenho em mente alguns temas para os próximos textos. Então, não me abandonem (sim, isso é chantagem emocional). Por ora, não tenho mais o que dizer. Até porque, ficar aqui me explicando para vocês está me atrasando para a Oktoberfest. Mas pensando bem, se é para escrever pra vocês, vale a pena.

Um comentário:

  1. Bacana o seu jeito de lidar com um trauma. Que na verdade não se transformou em trauma... :)
    A vida, quanto mais corrida, mais interessante. É melhor reclamar da correria do que do tédio.

    Um abraço, @AnonimoFamoso. :)

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