quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O terrível Krukru e a aprendiz de jornalista

E com seus ataques de baixo calão, o Terrível Krukru desfere golpes poderosos nos frágeis aprendizes de jornalista. Com seu olhar superior, consegue visualizar todos os humildes focas, perplexos, sem reação. Mas para compreendermos essa história, vamos voltar na linha do tempo até o dia anterior.

Domingo, dia dos pais. Data terrível para buscar um desconhecido no aeroporto. Mas ele não era tão desconhecido assim. O Terrível Krukru era uma lenda no Fantástico Mundo da Televisão. E para encontrá-lo, enviamos as golfinhas de elite V. e M.. As golfinhas eram simpáticas e tagarelas, mas ao escoltá-lo até a província de "Lá Onde Santa Cruz perdeu as Botas", descobriram que o Terrível Krukru não era nada simpático. As pequenas V. e M. tentavam acalmá-lo, procuravam distraí-lo, mas apenas recebiam golpes e mais golpes da fera indomável. "Quer ir jantar?" perguntaram, humildemente, as pobres golfinhas. "Sabem o que quero! Preciso apenas ficar sozinho, em minha gruta escura e gélida, para assistir ao Fantástico Mundo da Televisão", proferiu Krukru com sua voz de trovão. E esse foi seu golpe derradeiro na primeira batalha. A nova luta seria apenas segunda-feira pela manhã.

A arena estava quase lotada na segunda-feira. Muitos curiosos queriam ver o Terrível Krukru, ídolo da garotada. As golfinhas, nocauteadas no dia anterior, trouxeram reforço. Além de outras golfinhas, focas por todos os lados, prontos para o ataque ao monstro, que ainda estava à espreita, apenas observando o movimento. Ele sabia que era a estrela da batalha, e sabia também como desempenhar tal papel. Além de todos os soldados, os comandantes também estavam presentes. A estrategista, mestra-golfinha, apenas coordenava suas aprendizes. Enquanto isso, os mestres-focas, ou melhor, mestres-raposas, já estavam prontos. A raposa mestra posicionava-se como uma espécie de juíza, enquanto o raposão apenas observava seus focas. Tudo pronto, luzes, som, e o espetáculo começa.

Já em seu primeiro ataque, Krukru mostra sua força. São golpes firmes e certeiros. Com seu estilo de luta, conquista a torcida. Focas e golfinhos unidos, mas sem forças para combaterem o terrível monstro daquela terra tão longínqua. Krukru pede água, e os focas lançam-se numa tentativa desesperada de reação. Em vão. Krukru mantém a guarda e atinge seus oponentes com outro golpe certeiro. O mestre-raposão tenta ajudar seus pupilos, mas é barrado. As regras do jogo são claras, e os mestres não podem se envolver nas batalhas de seus discípulos. Já ao fim da luta, uma aprendiz de jornalista o ataca, desesperadamente. Flashs quase o paralizam. Mas o monstro é mais forte. E com seus ataques de baixo calão, o Terrível Krukru desfere golpes poderosos nos frágeis aprendizes de jornalista. Com seu olhar superior, consegue visualizar todos os humildes focas, perplexos, sem reação. Um golpe final encerra a disputa. Nos contos da vida real, nem sempre há um final feliz.

6 comentários:

  1. Cuidado com o Krukru, hein!!

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  2. Muito bom Renan. É, infelizmente, na "vida real" grandes idolos podem ser transformar...(Fiquei com medo do Krukru...eu uma mera foquinha :P)

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  3. O Krukru perdeu fãs naquelas manhã de segunda-feira. Ótimo texto Renan!

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  4. Essa palestra deu o que falar! E ainda rendeu uma crônica... Adorei, parabéns pelo texto, Renan!

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  5. MUITO BOM RENAN!!!!!!!
    Teu texto está (é) muito bom!!! Como a Vanessa já disse, O krukru perdeu muuuitos fãs naquele dia.

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  6. O que mais gostei foi teres chamado o Demétrio de "mestre-raposão". Hahaha.

    E o aprendiz do golpe final, imagino que seja o Joel com sua pergunta sobre a Larissa Riquelme.

    Bacana o texto, Renan. Parabéns!

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Jovem Foca