

Ao longo do ano passado, procurei em alguns outros portais, mas em nenhum consegui ver um trabalho tão consistente e complexo quanto o que é desenvolvido pela equipe do Estadão. Entretanto, nos últimos meses, com a correria do fim do semestre na faculdade e a preguiça adjacente às férias, parei de acompanhar o trabalho tão de perto. Confesso que fiquei surpreso, esta semana, ao ver dois infográficos sobre o carnaval do Rio de Janeiro.


Confesso que fiquei um pouco decepcionado. Não por considerar o trabalho ruim, mas por acreditar que, tratando-se de uma celebração especial, acredito que caberia um infográfico melhor produzido.Além disso, o infográfico do Estadão não tem o objetivo de entreter, mas também não possui a capacidade e o conteúdo necessário para informar. Por fim, não é um trabalho com o mesmo nível dos demais que já vi nas mãos da equipe.
Mas, deixando de lado minha opinião sobre o nível de desenvolvimento de ambos, me incomoda saber que infográficos como estes são exceções. Por mais que eu acredite que ambos os trabalhos poderiam trazer mais informações, o que realmente me intriga e preocupa, considerando que já estamos em 2012 e que a nova geração de jornalistas tem um leque incrível de opções de softwares (sejam eles pagos ou gratuitos), é a escassez de infográficos interativos.
Penso na infinidade de recursos desperdiçados ao ver um infográfico estático na internet. A verdade é que boa parte dos comunicadores ainda não se adaptou às novas possibilidades. Mas, se alguém pretende conquistar essa nova geração de leitores - uma geração que nasceu e cresceu multimídia e que vive mais tempo conectada do que no mundo off -, a postura precisa mudar.
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